A estratégia desenvolvida para o mar tem ‘um primeiro principio que é o do sustentabilidade económica, social e ambiental‘ afirmou o Secretário de Estado do Mar, José Apolinário, na II conferencia do jornal da Economia do Mar. De acordo com José Apolinário, ‘a resposta para a criação de uma economia do mar sustentável reside nas inovações de tecnologia, de mais valia do negocio e do potencial transformador do posicionamento geoestratégico de Portugal nas diferentes fileiras de investimento, aumentando a criação de valor nas actividades económicas tradicionais, maximizando a vantagem da centralidade euro atlântica dos portos portugueses’. Com algum detalhe, o membro do governo deixou alguns exemplos concretos. A estratégia do governo passa por consolidar e aumentar as exportações de pescado e congelados , apostando fortemente na internacionalização. Passa por aumentar o tráfego nos portos, e , reconhecendo o papel importante do registo internacional da madeira, o governante reafirma o compromisso político para dotar o país de um registo nacional mais competitivo. José Apolinário, considera ainda que é necessário ‘potenciar a criação de novas fontes de crescimento sustentável ‘ e o mesmo é falar em atividades emergentes, os tais novos usos e recursos do mar. E, são estas actividades que recebem especial atenção do governo, como potencial de desenvolvimento económico do país. José Apolinário avança. ‘ A central e mais importante atividade emergente tem a ver com as energias off-shore. Há um potencial de fornecimento de até 25% da eletricidade nacional’ e cita os exemplos do Wind Float ou do Wave Roller. São respostas energéticas limpas de que o mundo precisa e que têm particular relevância no contexto de descarbonização da economia, e no combate às alterações climáticas . Mas, têm ainda um outro papel . São ‘uma forma de potenciar uma parte da componente do que era a indústria naval tradicional’, explicou o secretário de estado do mar. ‘Importa também valorizar a biotecnologia azul presente em diferentes ambientes, no conhecimento do mar profundo, nas fontes hidrotermais, na exploração das algas ou na resposta a área da aquacultura ‘.
Afinal, estas atividades emergentes são geradores de alto valor acrescentado, que por si só podem formar uma nova fileira de negócio, originando novas empresas ou a reconversão das existentes em domínios da inovação tecnológica , da biotecnologia, da robótica ou da automação submarinas, incentivando ainda o desenvolvimento de outras indústrias.
Para atingir a meta da duplicação do peso da economia do mar no PIB nacional o governo deixou a nota sobre os vários financiamentos, mas no Estoril José Apolinário confirmou que a ‘ valorização e aprofundamento do conhecimento’ é também uma outra forma para explorar todo o potencial da economia do mar.
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