A sociedade de capital de risco portuguesa Indico Capital Partners, através do fundo Indico Capital Partners VC I, vai participar, juntamente com portuguesa LC Ventures, num investimento de 600 mil euros na plataforma também portuguesa Bitcliq, que permitirá a esta “concluir a implementação do primeiro marketplace global de peixe baseado em blockchain”, refere um comunicado da Indico e da Bitcliq.
“A plataforma, já operacional no principal porto piscatório português de Peniche, irá permitir a ligação entre todas as frotas de pesca com parceiros de logística e compradores e executar ordens de compra e venda assim que a captura é registada a bordo usando apenas smartphones”, refere o comunicado, acrescentando que “o marketplace piloto está a decorrer em cooperação com a Docapesca”.
Graças a este investimento, esta solução, que está em desenvolvimento há ano e meio em Peniche (com recurso a capitais próprios da Bitcliq), contará com mais pessoas envolvidas na escalabilidade e construção da plataforma, que serão contratadas para o efeito, permitindo passar da fase piloto para o plano nacional.
Pedro Manuel, fundador e CEO da Bitcliq, espera que “este piloto seja rapidamente extensível a todo o país e, consequentemente, para os maiores portos de pesca na Europa”. O mesmo responsável considera que “a forma como o peixe é comprado na Europa não se alterou significativamente nos últimos 30 anos” e que “esta plataforma vai seguramente acrescentar mais eficiência e mais transparência ao conectar os agentes de mercado”.
Já Teresa Coelho, presidente da Docapesca, sublinha que “a Bitcliq irá permitir uma relação diferente entre compradores e vendedores, ao mesmo tempo que garante a mais alta qualidade do produto e o cumprimento das regras da Política Comum das Pescas”. Por seu lado, Ricardo Torgal, General Partner na Indico, considera que a Bitcliq estará a aumentar a eficiência do mercado e a contribuir para a sustentabilidade das economias alimentar e dos oceanos.
Recorde-se que a Bitcliq é uma plataforma com tecnologia blockchain que reúne frotas pesqueiras e os seus clientes, num mercado digital que permite “a compra directa do peixe, no momento em que é capturado no mar, por parte de compradores como retalhistas, hotéis ou restaurantes” e, adicionalmente, permite ainda “uma rastreabilidade completa do peixe desde o local de captura até à mesa”, refere o comunicado.
Quanto ao fundo usado pela Indico Capital Partners, trata-se do “primeiro fundo de Venture Capital nacional, independente e privado, focado em investir nas fases iniciais de startups tecnológicas”, refere o comunicado. É um fundo “investido pela InnovFin Equity, com o apoio financeiro da União Europeia ao abrigo dos instrumentos financeiros Horizonte 2020 e do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (EFSI), criado no âmbito do Plano de Investimento para a Europa” e “co-financiado pelo Fundo de Capital e Quase Capital (FC&QC) gerido pela IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento, S.A. ao abrigo do instrumento Portugal Tech, gerido pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI)”, nota o comunicado.
- Maersk investiu 1,5 milhões na portuguesa HUUB
- 87 inscrições de 27 países no Bluetech Accelerator
- Taxa de pagamentos do Mar 2020 é de 29,2%
- Abriram candidaturas para 2ª edição do Blue Bio Value
- Câmara de Sines investe 7,5 milhões de euros na ZIL 2
- CE aprova apoio ao desenvolvimento do terminal de GNL de Świnoujście
- Fundo soberano norueguês vai avaliar participação na reciclagem de navios na Índia
- Já abriram inscrições para o Bluetech Accelerator