A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian distribuíram 45 mil euros por duas start-ups portuguesas e uma holandesa com projectos relacionados com a economia do mar
Blue Bio Value

As start-ups Hoekmine (Holanda), Undersee (Portugal) e SEAentia (Portugal) foram as três vencedoras da 1ª edição do Programa de Aceleração Blue Bio Value, promovido pela Fundação Oceano Azul e Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Fábrica de Startups, a Bluebio Alliance e a Faber Ventures.

Em cerimónia ontem realizada no auditório do Oceanário de Lisboa, as três empresas foram contempladas com um prémio de 15 mil euros cada uma, superando outras 10 concorrentes. No total, participaram sete empresas portuguesas, duas espanholas, uma norueguesa, uma estoniana, uma holandesa e uma indiana. Na ocasião foi igualmente anunciada uma 2ª edição para 2019.

Sobre as vencedoras, os promotores esclareceram que a Hoekmine “apresenta uma tecnologia altamente inovadora de desenvolvimento de cores com base em bactérias marinhas, substituindo a utilização de químicos, cores que podem ser aplicadas em vestuário, cosméticos, automóveis e muitas outras indústrias”.

Refere igualmente que a Undersee “desenvolveu um dispositivo e aplicação para recolher dados de qualidade da água em tempo real” e que a SEAentia se “dedica a uma produção sustentável em aquacultura de corvina num sistema de recirculação”, “seguindo um conceito de economia circular” que visa “expandir a produção de algas, mexilhões e outras espécies”.

Os promotores referem também que “o Blue Bio Value é um programa internacional de aceleração de projetos e startups ligadas à bioeconomia azul”, que Tiago Pitta e Cunha, da Fundação Oceano Azul, ousou admitir que pode ser o primeiro do mundo com estas características.

Trata-se de uma “iniciativa visa atrair projectos e ideias e transformá-las em oportunidades de negócio ao longo da cadeia de valor dos bio-recursos marinhos, incluindo biotecnologia, e que tenham como solução o desenvolvimento de produtos ou serviços sustentáveis, integrados em negócios viáveis.” Neste caso, os dois promotores uniram esforços “para contribuir para que Portugal se torne num polo internacional relevante e inovador no desenvolvimento da mais inovadora bioeconomia marinha, promovendo também uma utilização mais sustentável do oceano”.



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