Os historiadores desconfiam que a embarcação dedicada ao comércio de escravos partiu de Moçambique e dirigia-se para o Brasil, para levar a “mão-de-obra” para as plantações de açúcar.
Transportando entre 400 e 500 negros acorrentados no porão, o navio nunca terá chegado a completar a travessia de quatro meses. Depois de dobrar o Cabo da Boa Esperança, o São José Paquete de África embateu em rochedos.
O capitão português sobreviveu, bem como a tripulação e metade dos escravos que se encontravam a bordo. Calcula-se que 212 escravos tenham morrido no naufrágio, que se deu no final de Dezembro de 1794.
«Este é o primeiro de que temos conhecimento que se afundou com pessoas escravizadas a bordo», comunica Lonnie Bunch, director-fundador do Museu de História Afro-Americana, que vai abrir em Washington no próximo ano e que irá expor objectos resgatados do naufrágio.
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