Uma conversa com Carlos Alpedrinha Pires, a liderar a Associação Ancoras e a Associação dos Amigos da Artilharia de Costa, onde se fala desde a necessidade de sabermos preservar e valorizar a nossa memória marítima até à pouca atenção que hoje ainda se dá ao conhecimento da nossa História e à salvaguarda do nosso património material e imaterial marítimos.
Um comentário em “Em salvaguarda e valorização do nosso património marítimo”
Deixe uma resposta Cancelar resposta
Ainda a Ler
- Tiago Pitta e Cunha distinguido com Prémio Pessoa 2021
- Virgílio de Carvalho – Cumprir Agora Portugal
- O Mar, a Liga Naval e quanto em Portugal nunca muda…
- O Técnico e as novas gerações de inovação na construção naval
- O paradoxo do talento individual e do fracasso institucional
- CIIMAR: um Centro de Investigação de vanguarda na área da Biologia Marinha
- Mestrado da Nova em Direito e Economia do Mar atinge de novo 4º Lugar à escala mundial
- Incubadora de Peniche na área do Mar, a Smart Ocean, prestes a dar passo decisivo
Outras Secções
«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill
Para bem dizer o que a foto ilustra é o Património Flúvio-Marítimo do Estuário do Tejo. Um Património Histórico que as autarquias ribeirinhas (principalmente a da Moita), o Museu da Marinha e a Marinha do Tejo tão bem têm sabido preservar.
Com o dedicado contributo do mestre Jaime e do seu estaleiro no Esteiro de Sarilhos Pequenos, o último dos estaleiros que ainda conserva e constrói barcos típicos de madeira. Preservando o saber ancestral da sua construção e as profissões inerentes à mesma, nomeadamente as de carpinteiro naval e de calafates que o poder vigente teima em meter no saco dos assistentes operacionais de tudo.
A última construção foi uma muleta do Tejo, encomendada pela Câmara do Barreiro em 2016 que, dolorosamente, jaz enterrada no lodo daquele esteiro aguardando que os novos autarcas se dignem colocá-la a navegar para alegria de quem dela ainda possui Memória e para conhecimento das novas gerações e visitantes.
Um Estaleiro que corre o risco de encerrar definitivamente se o Poder vigente
teimar em avançar com a conversão da BA6 para Aeroporto Civil. Liquidando a navegabilidade na Baía Montijo-Rosário-Moita e o acesso aos estaleiros navais que nela restam, incluindo o do Mestre Jaime.