Com o objectivo de melhorar o conhecimento de potenciais perigos para os navios nas ilhas subantárcticas, especialmente ao redor de uma estação de pesquisa na ilha de Macquarie (classificada como Património Mundial), na Tasmânia, a Marinha australiana está a reunir dados para actualizar as cartas náuticas daquela zona usando a implementação da sua unidade de voo – Laser Soundborne Depth Sounder (LADS) -, actualmente em Invercargill, na Nova Zelândia, em operações de pesquisa na Ilha Macquarie.
Segundo o Maritime Executive, a unidade de voo em questão, um Dash 8-200 modificado, equipado com um sistema de laser para medir a profundidade do mar em águas costeiras, é único entre as Marinhas de todo o mundo, oferecendo maior alcance a capacidade para completar maiores distâncias.
“A Marinha australiana é responsável por mapear aproximadamente um oitavo da superfície do mundo, incluindo grande parte do Oceano Antártico”, explicou o oficial Cheyne Colley, pelo que usará os dados para actualizar cartas náuticas já existentes.
“A tecnologia foi desenvolvida na Austrália e usa um scanner a laser que é montado na unidade para recolher dados de levantamentos hidrográficos e informações detalhadas”, referiu Colley. “O sistema de pesquisa empregue pelo LADS é particularmente adequado para áreas de corais costeiros e perigosos, onde seria menos seguro os nossos navios de pesquisa operarem”, concluiu.
O LADS pode pesquisar mais de 40 quilómetros quadrados por hora e a uma profundidade de mais de 50 metros, em boas condições. Pelo que se propõe agora a realizar oito saídas de Invercargill, com uma duração de seis horas cada saída, sobrevoando a, aproximadamente 600 metros.
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