O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e o Centro de Investigação Tecnológica do Algarve (CINTAL) formalizam hoje, no âmbito da 7ª edição Business2Sea/Fórum do Mar, no Porto, um protocolo para a criação do Conselho Consultivo do projecto TEC4SEA.
Segundo informação do INESC TEC, o TEC4SEA “é uma plataforma única vocacionada para investigação, desenvolvimento, testes e validação de tecnologias para potenciar a economia do mar”, criada pelos dois subscritores do protocolo e com vários laboratórios disseminados pelo país.
O Conselho Consultivo terá como missão cumprir os objectivos do projecto, designadamente criar novos laboratórios, essencialmente móveis, obter mais equipamentos para trabalhar no mar e captar mais recursos humanos. Nesse sentido, os responsáveis pelo projecto assumem a abertura a outras entidades, em particular empresas, visando criar novas sinergias. Em comunicado, o INESC TEC informa que “o website da infraestrutura (www.tec4sea.com) vai disponibilizar em breve informação para quem quiser associar-se”.
Segundo o INESC TEC, podem beneficiar com o projecto as indústrias tradicionais, como a pesca, a aquacultura, o processamento de pescado, os transportes, a construção e reparação naval e os portos, bem como as indústrias emergentes, como a mineração do fundo marinho, o oil & gas de mar profundo e ultra-profundo, os produtos e serviços Hi-Tec, a energia renovável offshore, a aquacultura offshore, a biotecnologia, a vigilância e a segurança marítima.
Para cumprir os seus objectivos, o TEC4SEA envolve um investimento de 5 milhões de euros, que já está a ser feito, a três anos, até ao final de 2019. Segundo apurámos junto de fonte ligada ao projecto, o montante provém da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e dos programas Norte 2020 e Algarve 2020.
O projecto tem dois pólos, no INESC TEC (Porto) e no CINTAL (Algarve), com uma rede marítima wireless composta por duas estações terrestres e oito nós marítimos situados offshore na área metropolitana do Porto, e constitui uma iniciativa pioneira em Portugal. Segundo o INESC TEC, no Porto existem seis laboratórios disponibilizados por esta entidade, mas no caso da região Norte o projecto deve ter o centro de gravidade no porto de Leixões, onde já existe um ecossistema tecnológico.
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