No passado dia 22 de Fevereiro a lancha Andrómeda da Marinha Portuguesa, com uma equipa do Instituto Hidrográfico e um elemento do Instituto de História Contemporânea embarcados detectou os destroços do caça-minas Roberto Ivens. A descoberta, realizada com o recurso a um sonar lateral, foi efectuada a cerca de 4 milhas náuticas a Sul da entrada da Barra do Porto de Lisboa.
O caça-minas Roberto Ivens (antigo arrastão Lordelo) no dia 26 de Julho de 1917, durante uma operação de rocega ao largo do Cabo da Roca, embateu numa mina fundeada por um submarino inimigo. A força da explosão fez com que se partisse em dois e se afundasse em poucos minutos, a cerca de 12 milhas a Sul de Cascais. O incidente causou a morte a 15 elementos da guarnição, entre eles o comandante, 1º Tenente Raul Alexandre Cascais. Os sobreviventes (7) foram recolhidos pelo rebocador Bérrio.
A embarcação foi o primeiro navio da Armada Portuguesa a perder-se durante a Grande Guerra.
Segundo a Autoridade Marítima Nacional a a detecção e recolha de informação relativa a este navio, reveste-se de um especial interesse histórico. Especialmente porque este ano se comemora o centenário da entrada de Portugal na Primeira Grande Guerra.
Agora a equipa irá inspeccionar os destroços, utilizando para isso um ROV (Remotely Operated Vehicle), que terá a tarefa de recolher imagens em profundidade para o devido estudo arqueológico.
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