A Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) e o Centro Cultural de Belém (CCB/Fábrica das Artes) anunciaram recentemente uma parceria para o desenvolvimento de uma programação cultural relacionada com o tema do mar, denominada No fundo Portugal é Mar, calendarizada para 2018 (entre 8 de Março e 22 de Julho).
Como se refere no site do CCB, “esta programação é um convite ao mar, lançado aos públicos e todas as infâncias que queiram mergulhar nestas propostas artísticas, mas também científicas e ambientais”, um convite “por onde se gere entusiasmo e curiosidade, cultura marítima de agora e do futuro, e um novo empenho activo e emotivo sobre o mar maior que irá ser”.
Segundo ali se lê, “esta programação gira em torno da exposição No Fundo Portugal é Mar”, na qual, com base em imagens captadas pelo ROV Luso (que desce a 6 mil metros de profundidade) e cedidas por aquela instituição, “deslocamo-nos entre a revelação dos fundos marinhos, as paisagens sonoras onde terra e mar, através dos faróis, experimentam a sua comunicação e o imenso paradoxo do lixo plástico que o mar nos devolve”.
Os sentidos da exposição desdobram-se em seis oficinas exploratórias, “que passam pela escrita criativa, pelo confronto com monstros imaginários e reais, pelas formas líquidas das esculturas marinhas, pela simetria abissal entre o mar e o cosmos até ao confronto fascinante e fatal com a imensidão dos plásticos que lançamos nos oceanos e que tomam agora conta dele e do nosso próprio corpo, condenando-nos a todos ao destino do esqueleto da baleia Balaena Plasticus, integrada no projeto Plasticus Maritimus”, refere o CCB.
Segundo o CCB, “no Jardim das Oliveiras decorrerão três concertos, sessões com contadores de histórias e longas conversas marinhas entre tão improváveis interlocutores quanto variada é a fauna humana que entre nós vive o mar”.
A programação inclui também dois espectáculos: Marinho, que “experimenta tudo aquilo que em nós vive e evita, procura e foge na relação com o mar, explorando as ambiguidades através dos caminhos onde elas se vivem, nos nossos sentidos, na voz e na escuta, na luz e na sombra”, refere o CCB, e A Menina do Mar, “de Sophia de Mello Breyner Andresen, que, a partir da música de Bernardo Sassetti, lembra-nos que a beleza e o amor, a terra e o mar vivem na cidade dos homens, na sua história, nas forças políticas que se afrontam, e que o futuro é uma escolha que está para ser feita, tal como um rumo, um horizonte, uma nave largada no mar”.
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