Fausto Brito e Abreu satisfeito com escolha dos Açores para local de teste
Bluecom+

A tecnologia Bluecom+ de ligação à internet em zonas remotas do oceano foi testada recentemente com sucesso ao largo da ilha do Faial, próximo do farol dos Capelinhos, no mar dos Açores. A demonstração, que foi bem acolhida pelo Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, Fausto Brito e Abreu, envolveu, além de elementos da equipa, o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e um navio de investigação.

Fausto Brito e Abreu considerou que o projecto se “reveste de grande importância” e que tendo em conta “a dificuldade das comunicações no mar e o elevado custo das comunicações via satélite pode ser “uma alternativa que emprega tecnologia de ponta”. Manifestou também satisfação pela escolha dos Açores para a realização do teste e a esperança de que a Região possa contribuir para “implementação do sistema no mundo real”.

O Bluecom+ é um projecto desenvolvido pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC-TEC), em parceria com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a empresa norueguesa MARLO, SA.. O custo é de 309.408 euros, dos quais 209.920 financiados pelo EEAGrants. Está em desenvolvimento desde Outubro de 2015 e deverá estar concluído em Dezembro deste ano.

O objectivo do projecto é permitir ligações à internet em áreas distantes do oceano co recurso a tecnologias normalizadas e a “uma rede de comunicações voadora sem fios de banda larga, que explora, pela primeira vez em ambiente marítimo as bandas de frequência UHF libertadas pela televisão analógica”, conforme oportunamente nos esclareceu Rui Campos, um dos responsáveis pela iniciativa.

Como escrevíamos em Janeiro último, “na origem do projecto estará a ambição de ultrapassar as limitações à utilização da internet em zonas distantes do oceano a baixo custo. Actualmente, essa utilização depende das comunicações via satélite, demasiado dispendiosas, ou das redes celulares”, só disponíveis em áreas próximas da costa. “É por isso que desde 2008 têm vindo a ser desenvolvidos diversos trabalhos de investigação sobre comunicações de banda larga, mas essencialmente focados em comunicações eficazes próximo da superfície de água, o que torna a qualidade das comunicações dependente das condições do mar”, referíamos então.



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