A embarcação que serve como plataforma de aterragem para foguetões que não podem regressar a terra diminui acentuadamente custos de operações.
Sillk City

A SpaceX, empresa de Elon Musk (fundador da Tesla) dedicada ao desenvolvimento de transportes espaciais para fins comerciais, continua a preparar-se para recuperar, tanto quanto possível, o seu equipamento após cada lançamento, o que lhe poupa milhões de euros.

Avança o Maritime Executive que para além das embarcações que já estão em serviço e que servem como plataformas de aterragem para as partes dos foguetões que não podem regressar a terra, a marca está a desenvolver a embarcação especializada para recuperar partes do nariz do foguetão, que normalmente são desperdiçadas e deixadas no fundo do mar, para não chegarem ao oceano e serem reutilizadas diminuindo os custos das missões espaciais – a Mr. Steven.

A Mr. Steven é diferente. É a única embarcação equipada com uma garra e uma rede gigante com 64 metros de comprimento e 10 metros de largura. Um barco de passageiros rápido, cujo papel será manobrar, de forma mais rápida e eficaz, para conseguir apanhar a parte do foguetão na queda.

Até agora, os testes de recolha que têm sido realizados não têm sido bem-sucedidos, apesar da embarcação em questão já ter conseguido recuperar algumas carenagens da água (peças com um valor de cerca de 5,2 milhões de euros), que se conseguiram secar para reutilizar.

Uma recente recuperação no mar fez história: no dia 3 de Dezembro de 2018, um foguete de propulsão de classe orbital SpaceX tornou-se o primeiro a fazer três viagens de ida e volta completas, graças a um pouso bem-sucedido numa embarcação.

Note-se, no entanto, que também em Dezembro do ano passado, o Falcon 9 da SpaceX despenhou-se no oceano Atlântico. Foi o primeiro acidente desde que a companhia decidiu reabilitar a frota de foguetes, em 2016. Sucedeu que sete minutos após levantar voo, e depois de deixar uma cápsula Dragon em órbita, com sucesso, o foguetão devia ter aterrado numa plataforma de cimento no Cabo Canaveral (EUA), mas perdeu controlo e caiu na água. Pelo que a marca continua a trabalhar para melhorar o lançamento e a recolha dos “excedentes”.



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