Num showcooking organizado em Vigo em parceria com a Universidade local, 12 estudantes do IPL ensinaram a confeccionar receitas com a alga invasora codium, no âmbito do projecto AMALIA
Instituto Politécnico de Leiria

Doze estudantes do Curso de Técnico Superior Profissional em Cozinha e Produção Alimentar da Escola Superior de Turismo (ESTM) e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria confeccionaram receitas com algas invasoras no Mercado do Progreso, em Vigo, Espanha. As receitas apresentadas foram desenvolvidas com base na alga Codium ao longo do semestre anterior.

A demonstração fez parte de um showcooking organizado em parceria com a Universidade de Vigo sobre “novas formas de utilização de algas que se encontram na costa Ibérica”, supervisionado pelo chefe Samuel Sousa e foi integrada no projecto europeu AMALIA (Algae-to-MArket Lab IdeAs), “que pretende valorizar as algas invasoras da costa, para o mercado alimentar, das rações, dos cosméticos e farmacêutico”, conforme explicou o Instituto Politécnico de Leiria (IPL).

Segundo esclareceu o IPL, a demonstração teve grande afluência e foram dados a provar “pratos como lasanha, queijo de cabra, rissóis, croquetes, chamuças, cheesecake, barras energéticas e bolachas, tudo com um ingrediente em comum, as algas invasoras”. Recorde-se que as receitas foram desenvolvidas no IPL com a colaboração de outros parceiros do projecto AMALIA e acompanhamento de Samuel Sousa.

Para este chefe, “o resultado de meses intensos de trabalho foi um sucesso, pela interacção com o público, que teve oportunidade de provar as novas iguarias, acompanhadas de gin aromatizado com algas, também desenvolvido na ESTM, e de as aprovar”. “Além de degustar, os participantes levaram as receitas das iguarias, para as confeccionar em casa”, esclareceu o IPL.

Para Marco Lemos, docente no IPL e coordenador do projecto AMALIA, “a alga Codium, à semelhança de várias outras, tem características únicas para a sua inclusão nas nossas opções gastronómicas, sendo fonte de iodo e vários outros nutrientes, e compostos com características nutracêuticas relevantes e benéficas para a saúde”. Marco Lemos referiu ainda que a oportunidade dos estudantes, que “puderam demonstrar num ambiente excepcional as suas capacidades de inovação de produto, resultado de uma aprendizagem num ecossistema com base na investigação, característico da ESTM/IPLeiria”.



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