O projecto Salmar, uma conserva de salmão em escabeche com salicórnia desenvolvida por alunos do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, conquistou o primeiro prémio do ECOTROPHELIA Portugal 2019.
“Inovação nem sempre significa inventar coisas novas, muitas vezes expressa-se em usar a criatividade para acrescentar valor a algo que estava subvalorizado e este produto é exemplo disso” e o “Salmar utiliza cabeças de salmão, que não seriam aproveitadas, e dá-lhes uma nova vida, num conceito muito simples, mas muito eficaz”, refere Tiago Brandão, director de projecto do Super Bock Group, em representação do júri.
“A par disso, a equipa demonstrou muitas competências humanas perante o júri, transmitindo a ideia do projecto na perfeição e reagindo de forma muito assertiva às nossas questões, o que nos fez acreditar ainda mais no produto”, refere o mesmo responsável.
“A equipa do Salmar foi distinguida com um prémio monetário no valor de 2.000 euros e com 7.000 euros em serviços de consultoria, para que possa fazer crescer o projecto”, sendo que “a Ivity Brand Corp proporcionará consultoria nas áreas da Comunicação e Design (no valor de 3.500 euros), a Market Access em Internacionalização (2.500 euros) e a Patentree sobre Propriedade Intelectual (1.000 euros)”, referem os organizadores do ECOTROPHELIA.
Os promotores acrescentam que “além dos prémios, a equipa vai representar o país no ECOTROPHELIA Europe, nos dias 6 e 7 de Outubro, em Colónia, na Alemanha, no âmbito da ANUGA, feira internacional do sector de alimentos e bebidas, onde estará a concorrer com outros 16 países”.
O Prémio ECOTROPHELIA promove a inovação e o empreendedorismo no sector agroalimentar europeu através da organização de competições nacionais e europeias, nas quais se integra o Prémio ECOTROPHELIA Portugal, promovido pela PortugalFoods desde 2017. “Este prémio visa o desenvolvimento de um produto alimentar eco-inovador e sustentável, por uma equipa de alunos do ensino superior”, referem os organizadores, acrescentando que a iniciativa tem dimensão europeia desde 2008 e já mobilizou mais de 4000 estudantes, 500 instituições de ensino e 2000 empresas, gerando o desenvolvimento de mais de 860 produtos alimentares eco-inovadores, dos quais mais de 80 foram industrializados ou comercializados.
Já a PortugalFoods, “associação reconhecida como cluster do sector agroalimentar português, é constituída actualmente por mais de 160 associados: empresas, entidades do sistema científico nacional da fileira agroalimentar e outras entidades conexas”, segundo os organizadores.
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