A Noruega está empenhada em contribuir para a sustentabilidade ambiental e uma das apostas que faz é na captura e armazenamento de carbono. Um projecto coordenado pela norueguesa Statoil ganhou há dias dois novos parceiros: a Total e a Shell
Statoil

A Statoil, a Shell e a Total formalizaram esta semana um acordo para desenvolvimento de um projecto de armazenamento de carbono na plataforma continental da Noruega, no âmbito do esforço das autoridades do país para implementar em larga escala a captura e o armazenamento de carbono.

Desde Junho que a Statoil está contratada pela empresa pública norueguesa Gassnova para desenvolver o projecto, que a partir de agora também irá receber o contributo, em partes iguais, da Total e da Shell. A Statoil pemanecerá na coordenação do projecto.

Segundo a Statoil, o projecto visa “acomodar volumes adicionais de CO2, permitindo estimular novos projectos comerciais de captura de carbono na Noruega, na Europa em e no resto do mundo” e tem potencial para ser a primeira instalação do mundo a receber CO2 proveniente de fontes industriais de vários países.

Esta primeira fase permitirá armazenar aproximadamente 1,5 milhões de toneladas de CO2 por ano. O projecto implica a captura de CO2 de instalações industriais no leste da Noruega, que será transportado por navio para um terminal em terra na costa ocidental do país, de onde será transferido por navio para tanques de armazenamento antes de ser enviado por oleoduto submarino para poços de injecção situados no campo de Troll, na plataforma continental norueguesa.

De acordo com a Statoil, existem três localizações possíveis para o terminal receptor, das quais será escolhida e anunciada uma até ao final do ano.

A captura do CO2, normalmente antes ou depois da combustão de combustíveis ou por via de processos industriais, e o seu armazenamento, geralmente de forma subterrânea, é uma forma de assegurar que o mesmo não é enviado para a atmosfera e constitui uma forma de prevenir a poluição.

 



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