A Marinha russa pode vir a contratar a United Shipbuilding Corporation, considerada a maior empresa de construção naval da Rússia, para construir oito cruzadores nucleares com mísseis. Segundo alguns meios de comunicação social, o contrato está em análise e a construção do primeiro navio deverá começar em 2018.

Os cruzadores serão projectados pelo Severnoye Design Bureau, de São Petersburgo, atingirão uma velocidade de 32 nós e deverão ter autonomia de 90 dias, 17.500 toneladas de porte bruto (DWT), 200 metros de comprimento, 20 metros de largura, capacidade para 300 tripulantes e mais de 200 mísseis, incluindo uma versão do S-500, o mais moderno sistema de mísseis russo, capaz de atingir praticamente todos os alvos no ar, no mar, na costa ou por entre as ondas.

De acordo com notícias divulgadas, estas armas tornarão os cruzadores mais comparáveis aos destroyers norte-americanos da classe Arleigh Burke e significam que “a Rússia tem interesse geopolítico em manter uma presença em partes remotas do mundo”, conforme refere à imprensa Igor Ponomarev, o presidente adjunto da United Shipbuilding Corporation.

Fontes dispersas especulam que poderão ser construídos até 25 destes navios, destinados a uma presença russa em águas distantes. Referem também que o navio poderá ainda acolher dois helicópteros e estar equipado com um sistema de defesa anti-aérea de curto alcance (Pantsir-S1), um sistema de defesa anti-aérea de grande alcance (versão naval do S-400 Triumph ou S-500 Prometey, 56 mísseis) e um sistema de mísseis de médio alcance (Redut), além de 12 torpedos Paket-NK. No entanto, são dados que não confirmámos.

Por confirmar estão também especulações de que o contrato é para 12 navios e que se integra num projecto de navio designado Líder 23560, e que estará dotado de mísseis de cruzeiro Kalibr-NK.