Segundo o artigo do The Maritime Executive, os navios autónomos ainda pertencem apenas ao plano das ideias e assim permanecerão, por agora. Ainda não estão bem maturados e ainda têm elevados custos.

“Nunca veremos navios de carga comerciais trans-oceânicos totalmente autónomos” escreve o Comandante David Dubay, Professor de Direito Internacional no The Maritime Executive, que não acredita em embarcações totalmente autónomas. Segundo o comandante este sistema servirá apenas para situações muito limitadas.

Este tema, que tem nos últimos anos ganho visão, tem de facto motivo de ser. A tecnologia está cada vez mais apurada. Entre câmaras, sensores ou satélites os novos instrumentos “prometem” um mundo no qual os navios em breve atravessarão os oceanos sem um humano a bordo. A par com esta evolução enconram-se a Organização Marítima Internacional (IMO) e o Comité Marítimo Internacional (CMI) que já estudam inclusivamente formas de encaixar este tipo de navegação na estrutura existente do direito marítimo internacional.

No entanto, estas tecnologias ainda são muito vulneráveis e caras para se apresentarem num espectro de futuro visível, não obstante os avanços da tecnologia continuarem a tornar as viagens cada vez mais seguras e eficientes. Se por um lado, uma mudança para embarcações autónomas prometeria uma economia de custos, não tendo de pagar por comandante e tripulação, e talvez por maior segurança, por outro lado, seriam necessários novos operadores e técnicos para fazer o sistema funcionar e todo o equipamento para automatizar o navio é extremamente caro.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill