Este ano, até 21 de Dezembro, cerca de 972 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo por mar rumo à Europa, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Metade eram sírios, 20 por cento afegãos  e sete por cento iraquianos.

Ainda segundo o ACNUR e a OIM, mais de 800 mil provinham da Turquia, entrando na Europa pelo Mar Egeu, num movimento migratório de gente que foge dos conflitos armados na Síria, Iraque e Afeganistão. Já o Norte de África foi ponto de partida para a deslocação de cerca de 150 mil pessoas com destino à Europa, menos 20 mil do que no ano anterior, informam o ACNUR e a OIM.

“Sabemos que a migração é inevitável, é necessária e é desejável”, referiu a propósito William Lacy Swing, Director-Geral da OIM, citado pelo ACNUR. “Mas não é o suficiente contar o número daqueles que chegam, pois quase 4.000 pessoas neste ano estão desaparecidas ou afogaram-se”, acrescentou o mesmo responsável.

Já António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, dirigiu a opinião para o papel dos migrantes e refugiados nas sociedades de destino. “É importante reconhecer as contribuições positivas que refugiados e migrantes fazem às sociedades em que vivem e também aos valores europeus fundamentais: protegendo vidas, defendendo os direitos humanos e promovendo a tolerância e a diversidade”, referiu, citado pelo ACNUR.

 

 

 



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