Jonathan Gold, Vice-Presidente da Federação de Retalhistas dos Estados Unidos para a Cadeia de Abastecimento e Política Aduaneira, foi mais longe do que o CEO da sua instituição, Matthew Shay, e antecipou uma guerra comercial se Donald Trump impuser as prometidas tarifas sobre a importação de aço e alumínio, refere o World Maritime News.
“Com as tarifas sobre o aço e o alumínio em vigor, novas tarifas sobre bens provenientes da China e a ameaça de abandonar a NAFTA, podemos muito em breve ter uma guerra comercial entre mãos”, referiu Jonathan Gold, acrescentando que o impacto imediato dessas taxas sobre os consumidores norte-americanos, ou seja, aumento dos bens de consumo, deitaria a perder os ganhos conquistados com a reforma fiscal e comprometeria o crescimento económico.
A longo prazo, a perda de carga movimentada e dos postos de trabalho que dependem dessa actividade, desde os estivadores a todos os outros membros da cadeia de abastecimento, será uma realidade, sublinhou o mesmo responsável, citado pelo jornal.
Já a Northwest Seaport Alliance (NWSA), uma parceria entre os portos de Tacoma e Seattle, pela voz de um dos seus responsáveis, citado mesmo jornal, refere que as taxas sobre aço e alumínio importados poderá ter efeitos negativos para o Estado de Washington, onde ambos os portos de situam. Entre tais efeitos menciona a subidas dos preços dos produtos e a perda de empregos.
Outro membro da NWSA e também citado, refere que estas taxas têm um elevado potencial de retaliação, que se poderá traduzir em taxas sobre as exportação de produtos agrícolas e outras produções do Estado de Washington. Num Estado em que 89% a 90% do trigo produzido é para exportação e em que 40% dos postos de trabalho estão relacionados com o comércio externo, o efeito das taxas sobre o aço e alumínio pode ser dramático.
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