O WindFloat Atlantic, com uma estimativa de investimento na ordem dos 115 milhões de euros, tem já previsto inicio da construção em 2017 para instalação a 18 Km da Costa de Viana do Castelo, numa zona com cerca de 85 metros de profundidade, em 2018, devendo permanecer dois anos, até final de 2019, em fase pré-comercial de testes e preparação de toda a cadeia de valor.
O pojecto WindFloat Atlantic, sucessor do WindFloat, agora em fase de desmantelamento, terá uma capacidade de 25 MW, constituindo-se já como um parque composto por três plataformas WindFloat, cada uma das quais com turbinas de 8MW.
Quanto à plataforma inicial do WindFloat, protótipo pioneiro de produção de energia eólica marinha assente numa plataforma flutuante em mar aberto, terminou a sua primeira fase de testes na Praia da Aguçadoura, entrou já em fase desmantelamento, a ser concluído durante o Verão.
A estrutura do WindFloat, já também uma referência mundial das plataformas flutuantes de produção de energia eólica marinha em mar aberto, cumpriu com pleno êxito os cinco anos de testes, ficando provado, por um lado, a sua extrema fiabilidade, resistindo às mais adversas condições meteorológicas e oceânicas ao suportar ondas de 17 metros e ventos até 60 nós sem comprometer a capacidade da respectiva turbina na produção e fornecimento de energia, bem como, por outro, os seus elevados níveis de disponibilidade e fiabilidade, gerando e injectando na rede eléctrica mais de 17GWh ao longo desse período.
Instalado na Praia da Aguçadoura, a 6 Km da Costa, com uma capacidade de 2MW e custo de 23 milhões de euros, o projecto inicial do WindFloat também prova, além dos muitos menores custos e manutenção, as suas vantagens ambientais no momento do desmantelamento uma vez que, não se encontrando assente nos fundos marinhos, a plataforma será desligado do cabo de rede e dos cabos de amarração e rebocada até ao porto, no caso, até à Lisnave, onde será sujeito a uma inspecção final, tendo assim um diminuto impacto ambiental,.
Como se sabe, o WindFloat é um projecto desenvolvido por um consórcio sob a liderança da EDP que integra, além da Principle Power, detentora da tecnologia, a Repsol, a capital de risco Portugal Ventures e a metalúrgica A. Silva Matos, considerando os seus responsáveis encontrar-se cerca de dois anos e meio à frente da concorrência neste tipo de plataformas flutuantes de produção de energia eólica em mar aberto.
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