Face aos dados da UE, que antecipam um aumento do comércio de GNL entre as duas partes nos próximos anos, Portugal ambiciona ter um lugar destacado nesse fluxo, aproveitando a localização do terminal de GNL no porto de Sines
Infra-estruturas de Portugal

Portugal espera absorver uma boa parte do acréscimo comercial de gás natural liquefeito (GNL) previsto entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE), na ordem dos 100 mil milhões de metros cúbicos entre 2017 e 2023, admitiu aos jornalistas a ministra do Mar, na última semana, depois de ter participado no Conselho de Energia UE-EUA/fórum de negócios de Gás Natural Liquefeito, que decorreu em Bruxelas nos dias 2 e 3 de Maio, com o objectivo de abrir caminho ao aumento do fluxo de GNL entre os norte-americanos e a Europa.

“Nós estamos no top cinco das ligações dos Estados Unidos com a Europa. Portanto, boa parte desse crescimento será, com certeza, absorvido por Portugal”, terá reconhecido Ana Paula Vitorino, citada pela LUSA e a Dinheirovivo. Segundo a ministra do Mar, para este resultado contribuirá o porto de Sines, que “é muito importante nesta matéria e que recebeu o primeiro fornecimento de GNL vindo dos Estados Unidos” para a Europa, em 2016, referiram os mesmos meios de comunicação.

Na ocasião, Ana Paula Vitorino referiu um projecto em fase de arranque com a Polónia, que envolve a ligação entre um porto polaco e o porto de Sines. Para a Polónia, tem a vantagem de criar uma alternativa ao fornecimento de GNL russo, com menos emissões de poluentes e “um custo de transporte que é menos de metade do que são as referências internacionais”, referiu a ministra. Para Portugal, o projecto representa “mais movimentação para o porto de Sines, o que quer dizer mais receita, mais emprego”, reconheceu Ana Paula Vitorino, segundo a LUSA e o Dinheirovivo.

Recorde-se que Conselho de Energia UE-EUA/fórum de negócios de Gás Natural Liquefeito foi co-presidido pelo Comissário Europeu da Acção Climática e Energia, Miguel Arias Cañete, e o Secretário da Energia dos Estados Unidos, Rick Perry. Ana Paula Vitorino representou Portugal no encontro.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill