O emprego na área marítima está crescer mas a formação de marítimos em Portugal está a declinar acentuadamente na proporção inversa, cada vez mais afastado da realidade, com estranhos e incompreensíveis obstáculos, como afirma Álvaro Sardinha da APORMAR, não fazendo as novas gerações ideia das oportunidades que existem e, inclusive, uma total ausência de Portugal, sem peso nem palavra, dos fora internacionais.
6 comentários em “Formação de marítimos em Portugal em acentuado declínio”
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Faço das palavras do Paulo Fernando Melo Fernandes, porque a causa dese declino na formação de marítimos e se existe uma oportunidade de marítimos Brasileiro habilitado ingressar nesse rol de oportunidades, Sou Marinheiro de Máquinas buscando um recolocação, obrigado
Caro João Oliveira,
Como ex-Oficial da Marinha Mercante, tendo passado no mar 6 anos da minha vida, acho, com conhecimento de causa, que o que falta, não é a sensibilidade na Escola Primária mas sim a falta de ATRACTIVIDADE da profissão e carreira maítimas, como muito bem salienta o Álvaro Sardinha. Um famosos navegador solitário que deu a volta ao mundo num pequeno veleiro, escreveu no seu diário de viagem esta frase ilucidativa: “Segundo me parece os marinheiros, em sua grande maioria, não gostam verdadeiramente do mar. Se não foram atraídos a ele pela necessidade, foram-no pela aventura na juventude ou pela força do hábito na velhice, pois estes são os ÚNICOS elementos de atração.”
Qual a causa desse declino na formação de marítimos e se existe uma oportunidade de marítimos Brasileiro habilitando ingressar nesse rol de oportunidades, obrigado.
Obrigado pela partilha de conhecimentos ,fiquei com mais lucidez sobre o assunto
Parabéns Álvaro Sardinha! Excelente análise.
A sensibilização tem de começar nos bancos da pré-primária. Os jovens não podem ser atraídos, pelo que á partida os seus país têm medo, a água , o mar.
No ensino básico obrigatório tem de estar incluido:
1º A aprendizagem da natação
2º Oportunidade de contacto com a água através do ensino da navegação à vela e outros desportos náuticos, gratuita como já houve no passado.
Assim os nossos jovens (e os pais) no fim da escolaridade obrigatória, tratam o mar por tu, não têm medo e podem optar pelas carreiras marítimas.
Se assim fizermos AGORA daqui a 1 ou 2 gerações teremos muitos jovens interessados nas carreiras marítimas.
De contrário continuaremos a dizer por mais alguns séculos que portugal é um pais de marinheiros sem marinheiros.
Oliveira Salazar em 1933 dizia:
Que pena me faz ver deserto este Tejo maravilhoso, sem que nele remem ou velejem, sob um céu incomparável, aos milhares, os filhos deste País de marinheiros….