A Marinha Indonésia a está a aconselhar os navios comerciais a evitarem as rotas na região a Sul das Filipinas onde diversos actos de pirataria têm vindo a suceder recorrentemente ao longo das últimas semanas.
Apesar da intensificação do patrulhamento da área até às fronteiras das ZEE das Filipinas e Malásia, a Marinha Indonésia entende também que a falta de coordenação de patrulhamento em conjunto com as respectivas Marinhas é uma falha que tem de ser ultrapassada, seguindo e implantando, de forma determinada e definitiva, o Memorandum de Entendimento já assinado entre as partes nesse sentido.
As rotas que atravessam a região entre a Indonésia e as Filipinas é de intenso tráfego por onde transitam mais de 35,2 mil milhões de euros de carga anualmente, incluindo igualmente os supertanques que vindo do Índico não podem usar o sobrecarregado Estreito e Malaca.
Para além disso, a Indonésia impôs já igualmente estritas restrições nos portos de Banjarmasin e Tarakan à exportação de carvão para as Filipinas por temer uma subida do número de ataques na zona, alegadamente perpetrados pelo grupo islâmico filipino Abu Sayyaf, com ligação à al-Qaeda.
Uma situação preocupante uma vez a Indonésia exportar cerca de 70% de todo o carvão que consumido pelas Filipinas.
Só nas últimas semanas, i.e., desde o início de Março, deu-se o rapto de 18 marítimos, sob o caso mais recente o rapto de dois tripulantes de um rebocador indonésio ocorrido a semana passada e a serem libertados apenas sob condição de pagamento de um resgate de 1 milhão de dólares.
A preocupação e todos é que a zona possa vir a transformar-se numa espécie de nova Somália e o Governo das Filipinas pediu já aos armadores a recusa no pagamento de quaisquer resgates para se suster o surto de raptos.
Entretanto, uma primeira reunião entre a Indonésia, Filipinas e Malásia está acertada para coordenação de patrulhamento conjunto da área mas a data ainda não é conhecida.
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