Apesar de terem amanhecido no mar, nem todos os veleiros se “deitaram” no mar. O primeiro veleiro a chegar na classe OPEN foi o Nautilus, com 25 horas, 20 minutos e 50 segundos de regata, tendo chegado à Marina de Cascais perto das 16h20. Logo de seguida, em 2º lugar, o Trasto VI com 26 horas, 33 horas 15 segundos, que deixou, entretanto, o GPS cair à água, motivo pelo qual parecia ter parado algures em Óbidos. Em 3º lugar, o NRP Zarco, que fez 34 horas, 22 minutos e 55 segundos. Em 4º lugar o Anixa II com 39 horas, 29 minutos e 35 segundos e em 5º lugar o NRP Polar com 40 horas, 5 minutos e 58 segundos.
Na classe ORC chegou em 1º lugar o Swing, com 25 horas, 54 minutos e 25 segundos, em 2º lugar o Proteína Sesentaycinco, com 26 horas, 50 minutos e 15 segundos, e em 3º lugar o São Gabriel com 30 horas, 37 minutos, 5 segundos.
Conclusão que já serve para antecipar o longo dia no Anixa II. Pelas 11h15 seguia à frente o Nautilus, o Swing em seguida, quase lado a lado, o Trasto VI e o Proteína 65, o NRP Zarco e o São Gabriel, e de seguida o Anixa II e por fim o NRP Polar.
A segunda parte do trajeto, apesar de menos veloz, fez-se de conversas mais criativas. Afinal já eram 24 horas no mar. E, entretanto, ao passar a Nazaré, era inevitável a pendente explicação sobre o mistério na origem do famoso canhão da Nazaré. Acredita-se que terá sido causado por uma fratura na crosta cujos movimentos podem causar um sismo.
Mas porque não queríamos acordar o “gigante adormecido”, prosseguimos. A dada altura tivemos que recarregar baterias, entretanto teríamos de almoçar, e desta vez refez-se arroz de pato. Almoço que se dá, como habitual, em alto mar.
Pela tarde e com o fraco vento que se notava, a tripulação montou o balão, que estava à espera de ser estreado. Uma rajada e outra, o balão espreguiçou-se em rápidos movimentos, mas aguentou-se bem.
“Agora animem-se que estamos a chegar à Ericeira e dizem que lá estão 25 nós de vento”, comentou o Comandante José Mesquita. “A sério?”, perguntaram. “Não, mas também gostava”, respondeu o comandante ainda assim na esperança de que o vento cresça.
Já pela segunda noite dentro, Gonçalo a fazer leme tenta levar a vela cheia. Eram 22h50, o vento já estava a subir. Já seguíamos com 10 nós de vento. Mas as previsões de chegada ainda eram as 4h da manhã. Chegámos eram 05h29, cumprimos o limite e aprendemos mais um pouco sobre o mar e o velejar.
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