Um estudo da Transport & Environment revela que a maioria dos navios construídos entre 2013 e 2017 já têm índices de eficiência energética acima do exigido pela IMO para o pós-2025
Coreia do Sul

Cerca de 71% de todos os navios porta-contentores construídos entre 2013 e 2017, responsáveis por 25% das emissões globais de CO2, já cumprem os requisitos do Índice de Design de Eficiência Energética (Energy Efficiency Design Index, ou EEDI) da Organização Marítima Internacional (IMO, no acrónimo em inglês) para depois de 2025, revela um estudo da Transport & Environment (T&E), uma organização não-governamental que promove a implementação de políticas de transporte sustentável. O estudo revela também que os melhores 10% deste universo já excedem quase no dobro os requisitos exigidos para um horizonte de 10 anos.

De acordo com o estudo, além dos porta-contentores, outros segmentos de navios construídos no mesmo período cumprem os requisitos do EEDI com uma antecedência de 10 anos: 69% dos navios de carga geral, 26% nos navios-tanque e 13% dos navios de transporte de gás. Nestes segmentos, os 10% com melhor desempenho de cada um deles, respectivamente, já são 57%, 35% e 42% mais eficientes do que lhes era exigido pelo EEDI entre 2013 e 2015. No caso dos graneleiros, o estudo revela que apenas 1% já cumprem os requisites do EEDI para o pós-2025.

Recorde-se que a base de referência do EEDI é a eficiência energética média dos navios construídos entre 1999 e 2009, a partir da qual se estabeleceram critérios de eficiência energética para o futuro, a partir de 2013. Em 2025, face a esses critérios de referência, os navios devem ser 30% mais eficientes.



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