Está-se a querer transformar a UCC (Unidade de Controlo Costeiro) da GNR numa verdadeira Guarda Costeira Nacional? Essa é a questão que se coloca com a entrega da primeira de quatro Mega-Lanchas de 35 m à GNR para fiscalização e prevenção criminal em alto-mar e não deixa, como não podia deixar, de causar forte polémica. O que nos devemos interrogar, entretanto, é se, no meio de tão acesa polémica, não nos está a escapar o essencial…


2 comentários em “Mais um passo na rendição ao Mar Europeu”

  1. Jose Luis G Cardoso diz:

    Muitos Parabéns GMC por estar a elaborar sobre este tema.. Diria:
    Em primeiro lugar Esqueça o COVID 19. Se não esquecer nada se pode comentar…
    Em segundo lugar .Se estivermos a caminhar dentro de 10 anos , para uma Confederação Europeia, o problema da Salvaguarda e Segurança Marítima vai levar à consolidação duma Guarda Costeira, que vigie , opere em zonas costeiras e interiores a partir do litoral e portos. Vão dominar as valências do Mar -Recursos Biológicos e Fármacos e o Mar- Capacidade de diluir ,dispersar e decantar vertimentos liquidos e sólidos, que percorrem as águas litorais e nascendo num país podem ir afectar , crescer ou beneficiar os vizinhos. São bens e valores Europeus. Nesta abordagem a Defesa Europeia será uma assunto conjunto com políticas conjuntas e decisões políticas onde os membros europeus com um já existente aparelho Industrial militar /naval vão prevalecer e crescer.
    Em terceiro lugar vamos admitir que continuamos como estamos em que cada país dá o que tem e o que pode manter , comandar, controlar , operar e assegurar as capacidades que existem. Assim recordo que Portugal , é um País com uma Nação , onde 80% vive num território arquipelágico e os outros 20% estão espalhados pelos vários continentes do Mundo. A Marinha membro das FA, sempre teve uma capacidade de se deslocar e reabastecer-se para regressar, caso seja necessário dar apoio aos portugueses . Hoje a defesa , salvaguarda e segurança marítima deve ser feita do mar azul oceânico para o mar verde costeiro e Portugal não tem condições económico-financeiras para ter uma presença policial oceânica com forças de segurança militarizadas e deixar a Marinha de fora. Ainda bem que o Chefe do Estado Maior da Armada é simultaneamente a cabeça da Autoridade Marítima Nacional. C Cump

  2. Francisco Azevedo Coutinho diz:

    Muito bem!

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