Militares norte-americanos interrogados

Os 10 elementos das duas embarcações patrulha da Marinha norte-americana capturadas ontem, 12 de Janeiro, pelo Irão estarão a ser interrogados, de acordo com informações divulgadas por vários meios de comunicação social, apesar de não existirem notícias de maus tratos sobre os militares.

O facto contrasta com informações anteriores que davam conta de que a libertação dos marinheiros, 9 homens e uma mulher, estaria por horas. No entanto, apesar de ter havido diálogo entre o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Jonh Kerry, e o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, eles permanecem sob custódia das autoridades do Irão.

Segundo várias informações vindas a público, as embarcações navegavam entre o Koweit e o Barhein, tendo entrado em águas territoriais iranianas, o que levou à sua captura pelas autoridades daquele país, na zona da Ilha Farsi, no Golfo Pérsico onde a Guarda Revolucionaria Iraniana mantém uma base. O motivo da entrada nas águas do Irão terá sido acidental e terá estado relacionado com problemas mecânicos no sistema de navegação das embarcações.

Tal não evitou que responsáveis iranianos tivessem já exigido um pedido de desculpas aos Estados Unidos, aos quais acusavam de acto de espionagem. Na sequência do incidente, os Estados Unidos terão sido igualmente acusados de constituírem ma presença perturbadora da segurança no Golfo Pérsico. Por outro lado, recorde-se que o incidente ocorreu poucos dias antes da entrada em vigor do acordo internacional sobre a energia nuclear iraniana, que poderá ser afectado.



Um comentário em “Libertação de marinheiros incerta”

  1. Isabel Maria das Neves Menana diz:

    Gosto de ler os artigos do vosso jornal.

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