A Escola Náutica Infante D. Henrique (ENIDH) e a MSC Portugal assinaram um Protocolo para a instituição da Academia MSC/ENIDH.

A cerimónia decorreu na ENIDH e contou com as intervenções do Administrador da MSC Portugal, Carlos Vasconcelos, do presidente da ENIDH, Luís Baptista, do professor da ENIDH, Fernando Cruz Gonçalves, e do engenheiro naval Jorge D’Almeida.

No âmbito desta iniciativa será ministrado o curso de Especialização em Shipping & Logistics Management, num total de 320 horas, repartidas por 40 horas para cada um dos oito módulos. Cerca de 40 por cento dos alunos serão da ENIDH e foi anunciado que terão condições privilegiadas de pagamento (250 euros) face aos outros formandos (1000 euros). Trinta por cento das vagas estão reservadas a elementos da MSC Portugal, que patrocina o curso, e os restantes 30 por cento serão repartidos entre pessoas com sólida formação académica mas pouco conhecimento do sector marítimo e profissionais do sector que desejem complementar a sua formação. O curso arrancará em Outubro deste ano, mas para antes do Verão está prevista uma experiência piloto. A Academia funcionará nas instalações da ENIDH, em sala e ambiente MSC (com programas e sistemas informáticos que a empresa utiliza), sob a direcção pedagógica da Escola Náutica, e poderá juntar até 50 alunos por ano.

Na ocasião, o presidente da ENIDH fez questão de associar a assinatura do Protocolo à celebração dos 90 anos da instituição e acrescentou que o novo curso “não se destina a substituir os cursos da ENIDH; é complementar aos cursos da ENIDH”. Carlos Vasconcelos, por seu lado, enalteceu o papel da ENIDH neste processo e considerou que “é o capital humano que é importante para a diferenciação entre as empresas”. Jorge D’Almeida, que também foi director-geral da PSA/Sines, mostrou-se “crente na ligação entre o mundo empresarial e o mundo académico” e apontou o talento como “um factor de produção fundamental”, a par dos tradicionais capital e trabalho. Finalmente, Fernando Cruz Gonçalves considerou que “esta Academia é o expoente máximo da ligação do ensino superior com o meio empresarial” e esclareceu que a mesma funcionará numa “lógica de concorrência e competitividade”, privilegiando uma formação dirigida à lógica empresarial e premiando o talento.

 

 



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