A Dong Energy, empresa dinamarquesa e a maior do mundo no desenvolvimento e instalação de campos marinhos de produção de energia eólica, anunciou já a sua expansão para os Estados Unidos e Formosa como forma de ultrapassar os actuais constrangimentos euroepeus na área que, pelo modelo de concursos impostos, acaba por aumentar os respectivos custos, na sua perspectiva, sem justificação.
De facto, como se sabe e salvo o caso britânico, os campos de energia eólica em desenvolvimento no Continente Europeu, em especial na Dinamarca, Holanda e Alemanha, são desenvolvidos a partir de um programa centralizado em que os Governos escolhem o local, determinam a sua dimensão, fornecem a ligação à rede e lançam então um concurso para o desenvolvimento e instalação dos respectivos equipamentos.
Para a Don Energy tal modelo é errado e não funciona pelas limitações impostas, sendo preferível, para uma empresa que pretende baixar os custos de produção de energia eólica marinha até ao 100 euros por MW/h até 2020, é preferível o modelo britânico, seguido igualmente pelos Estados Unidos e pela Formosa, ou seja, a determinação de uma área para a qual lançam de imediato os respectivos concursos de concessão com possibilidade de serem as próprias empresas a determinarem a respectiva localização, dimensão e ligação à rede dos seus projectos, com a vantage adicional de, havendo e mantendo a concorrência entre vários projectos, se perceber também quais os mais eficientes.
Nesse sentido, a Don Energy está já a desenvolver um projecto de 2,5 GW na costa de Massachutetts, bem como a proceder aos primeiros estudos ambientais de um outro projecto na Formosa que pode ir até uma capacidade de produção de 4 GW a ser progressivamente instalada até 2030
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