Perante o maior desafio colocado à Armada Norte-Americana, os submarinos diesel-eléctricos, a DARPA desenvolveu um navio caça submarinos autónomo para os detectar

Não dispondo já dos meios que dispunham durante o período da Guerra Fria em termos de guerra anti-submarina e enfrentando o desafio das novas tecnologias diesel-eléctricas que tornam os submarinos muito mais difíceis de serem detectados pelos sonares passivos quando em navegação eléctrica, a DARPA acaba de apresentar um submarino caça submarinos autónomo para colmatar essa deficiência.

 

 

A utilidade destes novos dispositivos assume particular importância em águas distantes das costas norte-americanas, como no Pacífico, Golfo Pérsico ou Índico, uma vez haver também uma única forma tradicional de proceder à sua vigilância uma vez detectados, ou seja, segui-los permanentemente a partir da superfície marinha ou do ar. Uma possibilidade fora de causa, evidentemente, pelos meios exigidos, assim nascendo a ideia do novo drone-submarino, desenvolvido em parceria com a Leidos.

Preparados para poderem seguir durante meses um mesmo alvo, fornecendo a todo o momento e permanentemente, informação decisiva para as frotas marinhas e aéreas, com um custo diário de operação na casa dos 15 a 20 000 dólares _ custo substancialmente diferente de uma Fragata ou Destroyer, por exemplo, no mínimo, na casa dos 700 000 mil dólares.

Designado como Sea Hunter, o novo drone, tem um comprimento na ordem dos 40 m e uma capacidade de deslocação de cerca de 140 t e deverá começar os primeiros testes em Abril, no Rio Columbia antes de partir para uma mais alargada avaliação das suas capacidades para o Pacífico, onde deverá permanecer durante cerca de ano e meio.

Admitindo que todos os testes corram de forma satisfatório, a sua produção em massa deverá iniciar-se e realizar-se dentro dos próximos cinco anos.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill