Um consórcio de empresas, universidades e instituições holandesas uniu-se ao projecto «Gigawatt Electrolysis Factory» para investigar as possibilidades de construção de unidades de electrólise à escala comercial.
Haifa Port Company

Geração hidrogénio e nível industrial podem coincidir. Um consórcio de empresas, universidades e instituições holandesas uniu-se ao projecto «Gigawatt Electrolysis Factory», iniciado recentemente, com o objectivo de investigar as possibilidades de produzir hidrogénio através da electrólise da água à escala comercial.

Motivado pelo crescimento que se tem gerado no país, com várias instalações de parques eólicos e de energia solar, o projecto pretende dar resposta às principais barreiras existentes devido ao aumento do número de células de electrólise, pelos quais terão de passar os parques para produzir a uma escala comercial.

Iniciado no Institute for Sustainable Process Technology, o projecto, que se idealiza para 2025/2030, pretende construir uma unidade de electrólise à escala de GigaWatts (GW). Para tal, a dinâmica de funcionamento altera-se. Há que lidar com o fornecimento de electricidade variável e ter de se adaptar ao declínio ou ao aumento da oferta de energia.

“O objectivo final é alcançar um projecto ideal a um custo mínimo. Com o estado actual da tecnologia e os preços actuais do mercado, o investimento para uma unidade de electrólise à escala de GW seria de cerca de mil milhões de euros. Os parceiros do projecto «Gigawatt Electrolyser» visam um projecto que reduza essa quantia em três ou quatro vezes. Colocar o custo de em cerca de 350 milhões de euros para uma unidade dessas, daria origem a uma alternativa competitiva para a tecnologia convencional de hidrogênio fóssil”, pode ler-se no comunicado do porto de Roterdão.

Trata-se de um projecto que se torna distinto por se querer igualmente competitivo em termos de valor, comparativamente com a energia eólica e solar. Será uma inovação no campo da tecnologia eletrolítica, pelo que tem vários apoios com parceiros como a Nouryon, a Shell, a Yara, o Nitrogênio OCI, a Gasunie, a DOW Química, a Ørsted, a Frames, a ECN da TNO, e a Universidade de Utrecht e o Imperial College London. E faz parte do programa ISPT Hydrohub, visando uma ampliação da produção do hidrogénio verde. Este também inclui o centro de testes Hydrohub MW, local onde se testam novas tecnologias de electrólise à escala de MW.



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