Um relatório do Government Accountability Office (GOA), a entidade responsável pela Auditoria, Avaliações e Investigações do Congresso dos Estados Unidos, sobre os esforços da Marinha norte-americana para melhorar a sua prontidão concluiu que as correcções demorarão anos a implementar, refere o Maritime Executive.
Embora a Marinha dos Estados Unidos tenha começado a rever a sua política de recrutamento e os seus programas de formação na sequência dos dois acidentes ocorridos em 2017 com os navios USS John S. McCain e USS Fitzgerald, agregados à 7ª Frota, no Japão, o GOA considera que permanecem carências de recursos humanos e falta de experiência, que deverão continuar, pelo menos, até 2021.
Segundo a publicação, desde que os acidentes ocorreram, a Marinha dos Estados Unidos promoveu duas inspecções internas e identificou a necessidade de mais de 100 acções para melhorar a prontidão da frota de superfície, das quais foram executadas 70%. Apesar disso, o GAO entende que as falhas continuam e poderão afectar o objectivo da Marinha ampliar a sua frota em 25%.
Além disso, o GAO terá descoberto falhas graves na certificação operacional nos comandos além-mar. E verificado que foram atribuídas certificações prescritas a navios estacionados no Japão.
No relatório agora divulgado, o GAO considerou que os padrões e níveis de recrutamento estão desactualizados, gerando sub-dimensionamento das tripulações, excesso de trabalho aos marinheiros e, consequentemente, agravamento dos riscos de prontidão e segurança militar.
Foram igualmente identificadas falhas de manutenção dos navios. Entre 2011 e 2014, por exemplo, apenas um quarto das manutenções agendadas para os navios de guerra foram concluídas dentro do calendário. O atraso nas manutenções, segundo o GAO, deve-se a equipamento insuficiente e desactualizado. E mesmo que o Congresso garanta os 21 mil milhões de dólares de um programa a 20 anos para corrigir as deficiências, os efeitos dessa recuperação só se sentirão a longo prazo.
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