Cientistas do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA consideraram que em 2017, a temperatura média do planeta foi 0,90 graus celsius mais elevada do que entre 1951 e 1980 e investigadores da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) concluíram que 2017 é o terceiro ano mais quente dos seus registos, refere o Maritime Executive. A diferença entre ambos decorre de diferentes métodos de análise, mas num ponto as duas instituições concordam: os cinco anos mais quentes foram posteriores a 2010.
No último século calcula-se que a temperatura global tenha subido pouco mais do que 1 grau celsius, devido à poluição atmosférica. No entanto, as temperaturas globais atingiram o pico entre os anos de 2014 e 2016 – anos recorde de temperaturas elevadas. E 2017 foi o terceiro ano consecutivo em que a temperatura global superou em 1 grau celsius os níveis do século XIX.
Os cientistas calculam que este aumento de temperatura se deva também ao El-Niño, o fenómeno de aquecimento anómalo das águas superficiais do Pacífico, a geração de mais calor nos anos referidos.
Analisando todos estes parâmetros das temperaturas dos oceanos, da subida do nível médio das águas do mar, essencialmente entre 2015 e 2016, que foi excessivamente alto, os investigadores concluem que o calor emanado dos oceanos fez com que as temperaturas, em geral, também subissem.
Entretanto projecções de um estudo de investigadores das Universidades do Arizona e do Michigan indicam que se os gases de efeito de estufa tiverem um pico em 2020 e descerem a partir daí, pode dar-se um pico de aumento de temperatura de 0,24 graus celsius, mas apenas uma vez este século, ou nem sequer verificar-se. Ou então, se as emissões de gases de efeito de estufa aumentarem ininterruptamente ao longo deste século, podem ocorrer amplos picos de temperatura (mais amplos e quentes do que entre 2014 e 2016), três a nove vezes até 2.100 – cenário que provavelmente teria impactos mais severos do que os que se têm verificado.
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