Cientistas da Universidade de Exeter examinaram estudos e publicações em redes sociais sobre tubarões e raias presas em lixo marinho e encontraram relatos de mais de mil animais marinhos emaranhados, à escala global.
Os cientistas acreditam, no entanto, que o número real seja maior, uma vez que a concentração de estudos recai sobre o plástico e em animais como baleias. E este estudo demonstra, como maior causa de morte, as artes de pesca, perdidas ou descartadas.
“Um exemplo do estudo é um tubarão com uma corda de pesca enrolada, com firmeza, à sua volta”, referiu Kristian Parton, do Centro de Ecologia e Conservação do Exeter’s Penryn Campus, em Cornwall. “O tubarão continuou claramente a crescer depois de ficar emaranhado, e por isso a corda – que estava coberta de cracas – cavou a sua pele danificando-lhe a espinha”.
Na revisão de artigos a equipa reuniu 557 tubarões e raias enredadas, abrangendo cerca de 34 espécies, nomeadamente no Atlântico, no Pacífico e no Índico. Já no Twitter, encontraram 74 relatos, envolvendo 559 tubarões e raias, de 26 espécies diferentes.
Pode concluir-se também que os animais marinhos cujo habitat é o mar alto ou que vivem mais no fundo do mar, ou as espécies que fazem maiores distâncias, ou aquelas cuja corpo tem a forma dos tubarões, correm maior risco de ser confrontadas com o problema das artes de pesca.
De forma a criar uma base de dados, os cientistas, em colaboração com o Shark Trust criaram um formulário on-line sobre emaranhamento destas espécies. Qualquer individuo que presenciei algo do género poderá preencher aqui.
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