A China vai construir uma base naval na antiga colónia francesa de Djibouti e que será também a sua primeira instalação do género em África, de acordo com a imprensa internacional. Segundo a imprensa, a decisão é o corolário de um processo de vários meses e contribuirá para reforçar a presença militar chinesa no Golfo de Áden e ao largo da Somália, onde desde 2008 a China já instalou mais de 60 navios no quadro de missões de escolta.
Citando o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrageiros da China, Hong-Lei, que evoca o combate à pirataria marítima, a imprensa internacional refere “as dificuldades reais em reabastecer de combustível e provisões os navios, bem como a necessidade de manter uma base logística de proximidade eficaz” como justificação para a construção da base.
Recorde-se que o Djibouti já acolhe a única base militar permanente dos Estados Unidos em África, conhecida por Camp Lemonnier, no aeroporto de Djibouti-Ambouli, onde está estacionado o Comando Africano do Pentágono (AFRICOM). Para David Rodriguez, Comandante do AFRICOM, citado pela imprensa internacional, “a primeira base chinesa em África será uma placa giratória” da logística militar da China na região.
Muito cobiçadas devido à sua localização estratégica no corno de África, várias posições em Djibouti também são actualmente ocupadas pela França, que ali mantém um contingente de cerca de dois mil militares, e pelo Japão, que ali tem destacada uma força marítima de auto-defesa numa base com cerca de 600 efectivos dedicados à luta contra a pirataria marítima.
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