A Baltic and International Maritime Council (BIMCO), uma organização privada sedeada em Copenhaga, na Dinamarca, e formada principalmente por armadores e operadores do transporte marítimo internacional, reclama mais meios aéreos e marítimos para reduzir a pirataria marítima no Golfo da Guiné e apela à União Europeia (UE), China e Estados Unidos para que unam esforços no sentido de alcançar esse objectivo, referem vários meios de comunicação internacionais.
De acordo com dados referidos em vários meios de imprensa, cerca de 40 navios foram atacados no Golfo da Guiné nos últimos 12 meses e recentemente, seis marinheiros foram raptados do navio MSC Mandy, que se dirigia a Lagos, na Nigéria.
Apesar dos esforços dos Estados da região para combater a pirataria no Golfo da Guiné, sobretudo desde a implementação do Código de Conduta de Yaoundé, de 2013, e que a BIMCO reconhece a agradece, os piratas “continuam a operar sem fiscalização no mar aberto, fora das águas territoriais e por vezes mesmo dentro das águas territoriais” dos países da região, considera Jakob P. Larsen, dirigente da BIMCO.
Além dos problemas óbvios de segurança que coloca à navegação marítima, a pirataria afecta a economia dos Estados regionais, que não podem tirar o máximo partido das suas águas, lembra a BIMCO, para a qual chegou o momento de adoptar medidas mais eficazes contra essa actividade, sem desrespeito pela soberania dos países da região.
Entre as medidas propostas está o destacamento de meios navais com helicópteros a bordo para a região. E com a a presença a bordo de agentes de autoridade dos Estados da região, permitindo realizar operações com maior legitimidade e sem violar a soberania desses países.
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