Por dois dias consecutivos, o destroyer USS Donald Cook foi sobrevoado por caças e helicópteros russos no Mar Báltico, numa atitude classificada de agressiva, perigosa e pouco profissional.

Dois aviões de combate russos, Sukhoï SU-24, sobrevoaram, Segunda-feira passada, o destroyers norte-americano USS Donald Cook no Mar Báltico, de forma tão próxima, que o Comandante Americano das Forças Navais Europa-África, Almirante Mark Ferguson, classificou mesmo tais manobras como «altamente agressivas, perigosas e muito pouco profissionais, passíveis de poderem causar inclusive um grave acidente, e mortes, por mero erro de cálculo».

O incidente ocorreu, de facto, em particular com o destroyer USS Donald Cook, englobado numa frota de quatro, após terem deixado o porto polaco de Gdynia e se encontravam a 70 milhas náuticas da base de Kaliningrad.

Os caças russos terão procedido a cerca de 20 passagens a 1 Km de distância do navio e a cerca de 30 metros de altitude, como afirmado pela Marinha Norte-Americana, quando se realizavam exercícios de manobra de aterragem de um helicóptero polaco, logo suspensos.

Terça-feira, o destroyer voltou a ser sobrevoado por dois helicópetros russos Ka-27 Helix, uma vez mais acompanhados por dois caças SU-24 em simulação de ataque.

De salaientar que o destroyer USS Donald Cook dispõe de capacidade antí-míssil balístico, sendo um dos quatro actualmente sediados na Base da NATO de Rota, em Espanha, situação que agrada muito pouco aos russos.

O Comandante do USS Donald Cook afirmou ainda ter-se tentado contactar de ambas as vezes as respectivas naves, quer em inglês, quer em russo, sem se obter todavia qualquer resposta.

 

 

 

 



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