Filipinas, Indonésia e Malásia discutem a possibilidade de estabelecimento de patrulhamento coordenado depois de o grupo Abu Sayyaf ter decapitado um refém canadiano Seguda-feira por não ter sido pago o resgate exigido, como aqui relatado.
Agora sabe-se também que, para além dos 14 marítimos indonésios e 4 malaios, se encontram também cidadãos filipinos, holandeses, japoneses, noruegueses igualmente reféns do grupo Abu Sayyaf.
O grupo radical islâmico exige dezenas de milhão de dóares de resgate e a decapitação verificada Segunda-feira está a criar adicional intranquilidade na zona.
Segundo o Ministro dos Negócios Estrageiros Jose Rene Almendras, neste momento, o que as Filipinas propõem é a realização de patrulhas separadas mas coordenadas de forma a tornar possível estabelecer corredores de navegação seguros.
Como também aqui referido, a proposta inicial da Indonésia ia mais longe, propondo mesmo a realização de patrulhas conjuntas, sem quaisquer limites territoriais navegação além das fronteiras marítimas dos respectivos Estados.
Uma reunião para discutir a cooperação e acção subsequente entre as Marinhas das Filipinas, Indonésia e Malásia, encontra-se já agendada para o próximo dia 5 de Maio.
Por outro lado, a One Earth Future Foundation, Fundação Norte-Americana sem fins lucrativos, através do projecto Oceans Beyond Piracy, alerta para o facto dos mais recentes ataques verificados na Somália constituírem uma indicação de que os actos de pirataria tendem de novo a crescer e que, não se sabendo ainda o modo que poderão assumir, o que é certo é que, como tudo indica, a ameaça é séria e os grupos a agirem na zona manifestam-se, de facto, de novo preparados para novos ataques.
Entretanto, o projecto Oceans Beyond Piracy lançou igualmente um vídeo sobre o Golfo da Guiné para chamar a atenção para a crescente insegurança na área perante a incapacidade dos Estados ribeirinhos patrulharem efectivamente as respecivas áreas sob sua jurisdição quanto imporem e fazerem cumprir a lei, permitindo que os piratas actuem com relativa impunidade.
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