Foi ontem apresentada formalmente a WISTA Portugal (Women’s International Shipping and Trading Association Portugal), uma associação destinada a “atrair e apoiar mulheres, ao nível executivo, nos sectores de transporte marítimo, logística e do comércio marítimo internacional”, conforme esclareceu a ministra do Mar, presente na ocasião.
A apresentação decorreu em Lisboa, no final da flagship conference da Portugal Shipping Week, e esteve a cargo de Carla Olival, presidente da associação, além de assessora jurídica da European Mar e gerente da Maritimos Manning Portugal, que foi secundada na intervenção pela presidente da WISTA International, Despina Panayiotou. A nova associação ficará sedeada no Funchal e terá Ana Paula Vitorino como presidente do Conselho Honorífico e Lídia Sequeira, presidente dos conselhos de administração dos portos de Setúbal, Sesimbra e Lisboa, como membro honorário.
Na sua intervenção, a presidente da WISTA International, na qual a WISTA Portugal ficará integrada, lembrou que a organização a que preside nasceu em 1974 e congrega 45 associações de todos os continentes e mais de três mil membros individuais, apoiando as mulheres na indústria marítima e a diversidade nesta actividade. “Não é uma batalha por mais emprego, é uma batalha pela sustentabilidade na indústria”, referiu.
A propósito do papel das mulheres na indústria marítima, Ana Paula Vitorino referiu que “num sector profundamente masculino, o conjunto das entidades tuteladas pela área de governação do mar tem uma taxa de feminização de 43%, sendo que 50% dos dirigentes máximos das entidades do Ministério do Mar são mulheres, o que é aproximadamente o triplo da média nacional”.
Citando um diagnóstico sobre o sector público e privado que promoveu, a ministra referiu ainda que na pesca e entre os marítimos, as taxas de feminização são baixas, atingindo os 10% e os 4%, respectivamente. Já na indústria transformadora de pescado, “tradicionalmente feminina e de mão-de-obra pouco qualificada, é de cerca de 67%”, acrescentou. “Em contrapartida, no sector I&D, as taxas são de cerca de 63%, embora as mulheres tenham visíveis dificuldades em atingir lugares de topo e de tomada de decisão”, sublinhou. Todavia, a taxa de feminização global é de 25%.
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