No próximo dia 25 de Outubro, será apresentado em Lisboa o resultado da Iniciativa Gulbenkian Oceanos (IGO), uma pesquisa de cinco anos (2013-2017) da Fundação Calouste Gulbenkian para melhorar a compreensão e o valor dos oceanos. Nesse contexto foram produzidas algumas sínteses programáticas que serão igualmente apresentadas na conferência «O Valor dos Oceanos» a realizar naquela data.
Para o efeito, foram definidos três eixos estratégicos que orientaram a IGO: aumentar o conhecimento sobre o valor económico dos oceanos, em particular sobre os benefícios dos oceanos como activos estratégicos para o desenvolvimento económico sustentável e para o bem-estar humano; aumentar a consciência ambiental sobre os oceanos em Portugal; e promover a adopção e/ou melhoria de políticas de gestão pública e privada do ambiente marinho.
Ao longo deste período, a IGO trabalhou com diversas entidades nacionais e internacionais, concebendo acções de formação, criando sinergias e promovendo a partilha de conhecimento. Juntamente com investigadores, ONGs, associações educativas, crianças e jovens, empresas, administração pública e entidades da União Europeia, foram apoiados ou desenvolvidos vários projectos.
Entre esses projectos contam-se os programas de formação «ONGs de ambiente marinhas» (48 participantes de 8 ONGs) e «Policy Development & Engagement Program» (2 workshops com 14 participantes), a actividade de governança e gestão «Co-Pesca: co-gestão das pescas no eixo Peniche-Nazaré» (identificação de múltiplas pescarias, com mais de 40 entidades envolvidas), o projecto «O Capital Natural e as Empresas» (mais de 200 empresas inquiridas), a análise prospectiva «O Futuro da Economia do Mar até 2030» (10 workshops técnicos), a investigação científica «Valoração Económica e Governança dos Serviços dos Ecossistemas Marinhos e Costeiros» (oito artigos científicos de 25 investigadores) e o jogo «Banco Mundial dos Oceanos» (1.600 crianças de 40 escolas).
Entre as conclusões obtidas, pode adiantar-se que das mais de 200 empresas inquiridas sobre o capital natural (stock de activos naturais que possuem benefícios para a sociedade), 93 admitiram não conhecer o conceito (mas ficaram a conhecê-lo) e destas, 76% consideraram urgente ou muito urgente tomar medidas para proteger e manter o capital natural azul.
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