A entrada em operação da primeira de três Fragatas tipo Meko 200 da Classe Vasco Gama, representaram um momento singular na evolução da Marinha Portuguesa, permitindo não apenas equipar-se com alguns dos maios mais avançados de então, 1991, mas também adoptar novos procedimentos que levariam a nossa Armada a novo patamar de respeito internacional, nomeadamente, perante as Marinhas Aliadas no âmbito da NATO.
Exactamente muito desse percurso é o que fica registado neste livro agora publicado pela editora da Revista de Marinha sob coordenação do primeiro Comandante da Fragata NRP Vasco da Gama, Orlando Temes de Oliveira.
Como se refere ao longo da obra, a entrada em operação do NRP Vasco da Gama, não apenas permitiu uma modernização dos meios da Marinha Portuguesa, a introdução entre nós dos mísseis Harpoon e Sea Sparrow, bem como dos sistemas de engodo SRBOC, do sistema anti-míssil Phalanx, do helicóptero orgânico, de um sistema de combate computorizado, da transmissão de dados operacionais por link 11, de modernos equipamentos de comunicações e de um SICC (fornecido pela firma portuguesa EID), das turbinas a gás e de novos sistemas de limitação de avarias.
Em simultâneo, porém, e tão ao mais importante, foi o facto de a Marinha passar a integrar os exercícios do Operational Sea Training, em Inglaterra, uma espécie de escola de elite para conferir um estatuto de superior capacidade operacional às respectivas tripulações e Marinhas.
Um salto, uma evolução, no tempo que, desde então, não se voltou a dar.
