Em 2017, os navios de investigação científica estrangeiros que operaram na sub-área dos Açores da Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa e no parque marinho dos Açores “respeitaram os períodos das campanhas, bem como as áreas de operação para as quais tinham obtido autorização, não se registando qualquer irregularidade neste âmbito, em termos de duração das missões previstas e das áreas de operação solicitadas pelos Estados de bandeira dos navios estrangeiros”, esclareceu a Marinha.
No mesmo ano, dos 305 dias de missão da Marinha portuguesa no acompanhamento de navios de investigação científica, 166 foram relativos a navios estrangeiros da União Europeia (UE). Os restantes 139 foram relativos ao navio hidro-oceanográfico da Marinha “D. Carlos I”. Pelo que em 2017, na ZEE dos Açores e no seu parque marinho, não operaram navios estrangeiros de países exteriores à UE.
Recorde-se que em 2016, segundo dados apresentados em 2017 pelo oficial de Marinha e ex-comandante da Sagres, Sardinha Monteiro, decorreram 555 dias de missão de navios de investigação científica estrangeiros em águas portuguesas (e não apenas dos Açores), dos quais apenas 34 foram de um país terceiro (Estados Unidos). Os restantes foram todos de operações da UE, com destaque para a França (196 dias), Alemanha (130) e Espanha (103). Portugal realizou então 30 dias de missão de investigação científica.
Novamente a propósito das missões de 2017 nos Açores, a Marinha refere que no âmbito da investigação do mar, “a missão científica de maior dimensão temporal e geográfica” foi nacional e respeitou “ao mapeamento do mar nos Açores, correspondendo à missão levada a cabo pelo navio hidro-oceanográfico da Marinha, o NRP D. Carlos I”. Os resultados do trabalho deste navio foram apresentados na Universidade dos Açores, em 20 de Outubro de 2017. Todavia tais trabalhos de investigação “deverão continuar em 2018 com outro navio hidro-oceanográfico da Marinha, no período do Verão”, refere a Marinha.
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