A entrega provisória à Turquia da Ilha de Suakin, no Mar Vermelho, pelo Governo do Sudão, está a gerar perturbação no chamado Corno de África, com deslocação de tropas e acusações de militarização da região.
Na sequência desta decisão, correram rumores de que o Egipto, desagradado com a medida, estaria a destacar militares para Asmara, capital da Eritreia, que tem fronteira com o Sudão. E o próprio Sudão encerrou a fronteira com a Eritreia, enviando tropas para as suas proximidades. Sem esquecer a Etiópia, que além de manter fronteira com o Sudão, já terá enviado tropas para a fronteira que mantém com a Eritreia.
Segundo alguns meios de comunicação, o objectivo da Turquia e do Sudão é a restauração de monumentos otomanos visando atrair turistas para a Ilha de Suakin. Em Dezembro, referem alguns meios, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, esteve no Sudão, onde assinou vários acordos.
Entre as matérias abrangidas terão estado a construção de portos e estaleiros para navios civis e militares no Mar Vermelho, um hospital, uma zona de comércio livre em Porto Sudão, na costa sudanesa junto ao Mar Vermelho, silos para cereais, uma Universidade, centrais energéticas e um novo aeroporto em Cartum, capital sudanesa. Outros planos para Ilha Suakin estariam em cima da mesa, mas para discussão futura, segundo terá afirmado o Presidente do Sudão, Omar al-Bashir.
Para o Egipto e a Arábia Saudita, o objectivo da Turquia é a construção de uma base militar na ilha, uma tese desmentida pela Turquia e pelo Sudão, segundo referem alguns meios, mas que não afasta os receios de egípcios e sauditas. Os primeiros mantêm disputas territoriais com o Sudão e os segundos acusam a Turquia de ambições em África, onde inauguraram uma base militar em Setembro, na Somália.
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