A Volvo Ocean Race apresentou os resultados da última prova 2017/2018, que estabeleceram recordes. Além da grande acção na água, 2,5 milhões de pessoas visitaram as 12 villages da prova, mais 4% que no ano anterior.
Volvo Ocean Race

Os resultados daquela que se está a transformar na maior prova de vela do mundo estão à vista. Mais 4% (em relação à edição anterior) de visitas nos villages (2,5 milhões de pessoas), perfazendo um total de 94.200 convidados corporativos (+ 26%).

Também as visitas online prosperaram. A página oficial acolheu 174 milhões de page views (+72%) com os visitantes a permanecer uma média de 4 horas (+ 149%) no site, e a aplicação oficial foi descarregada mais de 537 mil vezes (+ 38%). Pelo que nas redes sociais a VOR obteve 13,7 milhões de likes, mais de 400 mil comentários em posts do Instagram, sendo que o vídeo mais visto nas redes sociais foi visualizado mais de 23 milhões de vezes.

Na televisão, os vários eventos geraram audiências acumuladas de 2,2 mil milhões de telespectadores (+ 45%), tendo-se produzido 194 horas de transmissões ao vivo, o que gerou automaticamente 429 milhões de euros em publicidade (+ 46%).

A passagem do evento por Alicante deixou na economia 96 milhões de euros e gerou 1.696 empregos permanentes. Mas em Lisboa, não ficou atrás. Antes da prova, o Boatyard fez um refit de 15 semanas e 6 mil horas de trabalho a cada um dos sete VO65, preparando a frota para a edição.

É de relembrar que esta prova teve também um grande impacto positivo na sustentabilidade dos oceanos, não só ao proibir plásticos descartáveis nas Race Villages, evitando o uso de mais de 388 mil garrafas plásticas, como largando 30 bóias científicas pelos barcos em partes remotas dos oceanos e recolhendo amostras de água que detectaram partículas de microplásticos em 93% das amostras.

A edição de 2017-18 foi a última do mandato da Volvo como proprietária, marca que é agora um parceiro comercial significativo do evento liderado por Richard Brisius e Johan Salén. “Quando olhamos para o que foi alcançado nesta última edição, a fasquia foi colocada num nível muito alto”, referiu Brisius. “As equipas e os velejadores tiveram desempenhos incríveis na água, o que levou a uma competição com uma narrativa convincente”, esclareceu.

“Tivemos uma estratégia inovadora, ao fazer uma forte aposta nos canais digitais, permitindo que os nossos fãs se envolvessem mais facilmente com os nossos conteúdos nas plataformas da sua preferência, e isso criou um valor real para os nossos stakeholders”, referiu o mesmo responsável.

A edição de 2021-22 começará em Alicante, Espanha, no Outono de 2021, e terminará na Europa no início do verão de 2022, com, no máximo, nove portos de escala, a confirmar no Verão do próximo ano. No entanto, já se sabe que irão competir duas classes de barcos na próxima edição, os IMOCA 60s de alta tecnologia, e os VO65s – o que “traz de volta um elemento de conceito e tecnologia, que tradicionalmente tem feito parte da prova, e adiciona outro nível de complexidade ao projecto, o que é interessante para os velejadores, arquitectos e engenheiros, mas também para os fãs”, explica Salén.

“Pretendemos emitir a Notice of Race e abrir o período de inscrições no próximo mês e, ao mesmo tempo, iniciamos o processo de identificação das cidades-sede para as escalas” conclui.



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