Desde há muito que se fala com insistência nas enormes potencialidades da Náutica de Recreio em Portugal, como de algum modo o confirma a mais recente actualização da Conta Satélite do Mar (dados de 2018), onde o Sector do Turismo, onde se inclui a Náutica de Recreio, surge ainda como o sector de maior relevo económico, responsável por 43% do VAB e cerca de 72 mil postos de trabalho. Para o futuro, porém, como já na actualidade, o que temos a esperar, de acordo com Augusto Felício, Professor Catedrático do ISEG, não é senão o desastre…
3 comentários em “Náutica de Recreio: do grande potencial económico às razões do paradoxal desastre actual”
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Paráfrase a Alexandre O’Neill
Parabéns, isto e o resumo do sector na sua forma e método.
João Maria Barbas de Oliveira, de acordo: Temos de começar pela escola! Tão simples de operacionalizar pedagogicamente e tão importante.
Temos de começar pela escola.
No tempo da outra senhora, qualquer miúdo podia aprender a navegar à vela gratuitamente, esteve proximo de ser integrado no currículo escolar “obrigatório”.
Hoje em dia, em plena democracia, para um jovem estudante ter contacto com o mar, com a navegação à vela, o pai tem de pagar e bem.
Concluindo em plena democracia a aprendizagem da navegação à vela, o contacto com o mar, “O Nosso Futuro”, passou a ser discriminativo e elitista.
Para aderirmos ao nosso futuro de há longas décadas, rumo ao mar, temos de incluir no currículo oficial escolar, gratuito, obrigatório a possibilidade de 100% dos nossos jovens terem a possibilidade de terem contacto com a água.
Assim teremos de certo um país de marinheiros daqui a algumas gerações.
Tenho 74 anos, a minha paixão pela navegação à vela começou aos 11anos. Quase 100% dos velejadores da minha geração passaram pela mesma escola.
Com as condições actuais, esse numero de certo não ultrapassaria os 20%