O Comissário para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas quer mais economia circular, literacia e contribuição dos cidadãos
Karmenu Vella

«A governação dos oceanos é prioridade absoluta», e o Comissário comenta que há trabalho «a fazer», com mais legislação, directivas e o trabalho conjunto de todos os europeus. Vella anunciou que irá deixar em breve, em consulta pública, ideias de governação, para perguntar a todos os europeus por «ideias novas».

No discurso de abertura da Semana Verde, à margem da conferência «Nature in our seas», Karmenu Vella discursou acerca da importância da economia azul para a Europea, com novas directivas e ideias, a intenção de apostar na economia circular e no crescimento do PIB nos países marítimos.

A economia azul tem que ser consolidada, pois dá, na presente condição, emprego a cerca de 5 milhões de europeus (directamente).

Tem, também, que encontrar um meio termo com o ambiente, e nesta área, o Comissário entende que a questão do lixo marinho é um dos maiores problemas, particularmente devido aos micro-plásticos.

Até 2030, haverá um aumento da quantidade de plástico encontrada na comida que retiramos do mar, e tem outros impactos económicos negativos, por isso «mais legislação é precisa» e Vella promete começar a trabalhar em ideias para desenvolver uma economia circular que lide com o problema.

Em Malta, o país natal de Vella, o PIB relacionado com a economia do mar ronda os 50%, e quer alargar esta tendência pois «novas oportunidades estão aí», mas o crescimento azul tem que ser feito com cuidado para os nossos recursos não entrarem «em stress».

Acerca das energias marinhas, Vella apela para uma acção rápida. «Estamos a esticar os nossos recursos em terra» e as energias offshore podem ser a solução. «Não estamos bem aí ainda», mas a Europa pode atingir o potencial deste mercado até 2050.

«Precisamos de mais visão!» defende, «os empregos não virão de indústrias antigas», o mercado das energias pode gerar 5 mil empregos na União e o impacto local pode ser grande. A pesquisa marinha para isso é «imperativa».

Karmenu Vella considera a aquicultura um sector promissor, mas que «tem que ser económica e socialmente sustentável».

 

 



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