A ECSA, Associação Europeia dos Armadores, e a ETF, federação Europeia dos Trabalhadores dos Transportes, já se manifestaram «extremamente» preocupadas pela condenação do Comandante do Prestige, hoje com mais de 80 anos, a dois anos de prisão efectiva, pelo desastre ecológico ocorrido em 202 ao largo da Galiza.
A decisão do Supremo Espanhol de Fevereiro passado, dando o Comandante Apostolos Mangouras como responsável de «atentado ao ambiente, por imprudência, com a agravante de danos catastróficos», inverteu, de resto, a anterior decisão do Tribunal Provincial da Corunha que o isentava de qualquer responsabilidade pelo desastre ecológico então verificado.
Nesse enquadramento, a ECSA e a ETF vêm agora afirmar não aceitar que os marítimos devam pagar um preço de tal modo pesado quando as autoridades marítimas, eximidas de todas as responsabilidades, foi, de facto, quem impediu de proceder a demandar refúgio junto à costa e o obrigou a dirigir-se ao largo, com as consequências dramáticas que todos conhecem.
Lamentando ainda que os marítimos sirvam demasiadas vezes como «bodes expiatórios» nas situações de poluição marítima, a ECSA e a ETF sublinham ainda a inoportunidade da decisão que, além de injusta é igualmente altamente contraproducente para a atractividade de uma carreira marítima quando, em âmbito europeu, onde se inclui a própria Comissão Europeia e ambas as organizações, tudo está a ser feito para conduzir as novas gerações a seguirem abraçarem carreiras profissionais ligadas ao mar.
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