Todo o sector do transporte marítimo, incluindo outros segmentos da cadeia de abastecimento além das empresas de navegação, deverá cada vez mais proteger-se de ataques informáticos, segundo a empresa de serviços jurídicos Ince & Co, refere o World Maritime News.
Os recentes ataques informáticos a empresas como a Maersk ou a BW Group, demonstraram as vulnerabilidades dos sistemas do sector do transporte marítimo. Segundo a Ince & Co., citada pelo jornal, a crescente digitalização, os progressos dos sistemas de comunicações por satélite e os avanços na eficiência tecnológica aumentam os riscos dos operadores e armadores, que, aparentemente, não têm considerado os efeitos secundários desses benefícios.
Rory Macfarlane, Partner da Ince & Co Hong Kong, citado pelo jornal, referiu que aquilo a que assistimos este ano foi apenas à “ponta do iceberg”. A dimensão das ameaças está subestimada no sector devido a uma relutância das vítimas em partilharem as suas experiências em prol do bem comum.
O mesmo responsável adiantou que para garantir a segurança dos seus sistemas, as empresas devem começar a desenvolver planos preventivos de segurança e de resposta a ataques informáticos tão rapidamente quanto possível. Nesta área, a melhor defesa contra o crime informático será um esforço concertado de planeamento e prevenção.
Para Macfarlane, “a mensagem é simples: melhorar a protecção informática não tem que ser cara; melhorias significativas podem ser realizadas com um investimento modesto; mas a prevenção é sempre melhor do que a cura e a criação de uma cultura de segurança informática é essencial”.
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