A empresa petrolífera pública norueguesa Statoil recebeu luz verde para explorar, em parceria com a Eni e a Petoro, no Mar de Barents, o projecto offshore Johan Castberg, cujo investimento será de aproximadamente 5 mil milhões de euros. A produção estimada é de 450 a 650 milhões de barris por dia, o que pode representar um incremento na economia da Noruega.
“Johan Castberg trouxe desafios. O projecto não era comercialmente viável devido a altas despesas de capital, superiores a 10 mil milhões de euros, e a um preço do petróleo equivalente a mais de 65 euros (80 dólares) por barril. Trabalhámos muito com os nossos fornecedores e parceiros para mudar o conceito e encontrar novas soluções. Hoje, estamos a entregar um plano de desenvolvimento e operações sólido para um campo com despesas de capital reduzidas, que será rentável, a preços do petróleo de menos de 30 euros (35 dólares) por barril”, referiu Margareth Ovrum, vice-presidente da Statoil.
A Statoil anunciou também a selecção da Aker Solutions para realizar o sistema de produção submarina e o design para o campo, que será o maior na indústria offshore norueguesa. “O nosso envolvimento precoce e forte na colaboração com a Statoil ajudou a reduzir para metade os custos de desenvolvimento, permitindo que este projecto, estrategicamente, fosse avante”, disse o presidente da Aker, Luis Araujo, acrescentando que “o campo é fundamental para desenvolver o norte da Noruega como uma região de petróleo e gás”.
Num momento de mudança para a Noruega em relação ao petróleo, o gestor do fundos de pensões do Governo, o Norges Bank Investment Management Global – o maior accionista do mundo com 85 triliões de euros de activos –, anunciou, em Novembro, que aconselhou o Estado a vender todas as suas participações em empresas de petróleo e gás. “Este conselho baseia-se exclusivamente em argumentos financeiros e em análises da exposição total do Governo ao petróleo e ao gás”, disse o vice-governador do Norges Bank Investment Management Global, Egil Matsen.
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