A ocupação de o pequeno porto de Garad, na região de Puntland, a Norte da Somália, marca o regresso à ofensiva do grupo islamista al Shabaad após as acções de contra-ofensiva desenvolvidas ao longo de 2015 pelas forças da União Africana, AMISON, e do Exército Nacional Somali, desalojando os seus militantes de principais posições ocupadas no Sul do país.
Esta acção mais significativa surge na sequência do recrudescimento da actividade do grupo islâmico no Sul da Somália, lançando mortíferos e ocupando algumas pequenas cidades.
A notícia, veiculada pela Reuters, adianta ainda que a acção, executada Segunda-feira, ainda não foi reivindicada pelo grupo al Shabbab, tendo a maioria dos resistentes acabado por abandonar a área.
Garad é considerado um antigo porto de refúgio para os piratas a partir de onde eram montados os principais ataques a navios mercantes em navegação para o Mar Vermelho, até as sucessivas missões internacionais terem conseguido impor novas regras e rechaçado quase totalmente a pirataria marítima naquela zona do designado Corno de África, contando-se, apenas nos últimos três anos uma meia dúzia de ataques menores a pesqueiros mas não já aos grandes navios tanque ou porta-contentores.
Ocupando ainda um outro porto na zona, Haradhere, alguns habitantes falam de um recolher obrigatório imposto Domingo passado, seguindo-se um intenso e invulgar movimento no porto, levando também a crer o grupo al Shabaab estar a importar armamento e combatentes do estrangeiro.
A região de Puntland fica já próxima do Yemene onde os combates com a al Quaeda têm vindo a acentuar-se, conhecendo-se também o alinhamento ideológico entre ambos os grupos, al Shabaab e al Qaeda.
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