A Capitania do Porto de Olhão promoveu Sexta-feira um simulacro de evacuação das ilhas Barreira, tendo como objectivo explicar à população em geral e aos utentes nas mesmas, o procedimento de activação do socorro e a complexa coordenação entre várias entidades, sob coordenação da Autoridade Marítima Nacional, contando no exercício com a presença de representantes do INEM, Protecção Civil e Cruz Vermelha.
O espaço de jurisdição da Capitania do Porto de Olhão apresenta uma característica muito específica, nomeadamente, a existência das designadas ilhas Barreira, Armona e Culatra, com 5 núcleos habitacionais e praias, como Fuseta, Armona, Culatra, Hangares e Farol, sendo nestas que se localiza a maior percentagem de praias do Concelho de Olhão.
Os núcleos da Armona e os da Ilha da Culatra são habitados durante todo o ano, ao contrário do núcleo da Fuseta, sendo a acção da Capitania do Porto e do Comando-Local da Polícia Marítima de Olhão indispensável tanto no apoio às necessidades da população residente como, durante a época balnear, aos respectivos veraneantes.
Ao longo de todo o ano, a Estação Salva-vidas de Olhão articula-se com o INEM, para efectuar a evacuação de doentes e feridos das Ilhas Barreiras, aumentando no entanto exponencialmente durante o Verão o respectivos número que passa de cerca de 1200 pessoas no Inverno para, aproximadamente, cerca de 9000 durante a época balnear.
Com o aumento do número pessoas, mantendo os mesmos recursos, é necessário um ainda maior empenho dos elementos do ISN, mantendo a Estação Salva-Vidas permanentemente duas equipas preparadas, uma em prontidão de 30 minutos e outra com uma prontidão de 12 horas.
Durante as acções de evacuação, a chegada ao local demora em média 40 minutos mas pode levar a uma hora, em função de factores diversos e adversos, como o local da evacuação e as condições meteo-oceanográficas.
Em termos estatísticos, são efectuadas mais de 180 evacuações por ano, das quais 50% ocorrem durante a época balnear.
Com o aumento do afluxo de banhistas, visitantes e turistas às ilhas, verificou-se já este ano um aumento do número de evacuações em relação ao período homólogo do ano transacto, na casa dos 20%.
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